Resenha: No Escuro

Título: No Escuro 
Autora: Elizabeth Haynes
Editora: Intrínseca 

Catherine aproveitou a vida de solteira por tempo suficiente para reconhecer um excelente partido quando o encontra: lindo, carismático, espontâneo... Lee parece bom demais para ser verdade. Suas amigas concordam plenamente e, uma por uma, todas se deixam conquistar por ele. Com o tempo, porém, o homem louro de olhos azuis, que parece o sonho de qualquer mulher, revela-se extremamente controlador e faz com que Catherine se sinta isolada. Amedrontada pelo jeito cada vez mais estranho de Lee, Catherine tenta terminar o relacionamento, mas, ao pedir ajuda aos amigos, descobre que ninguém acredita nela. Sentindo-se no escuro, ela planeja meticulosamente como escapar dele. Quatro anos mais tarde, Lee está na prisão e Catherine, agora Cathy, tenta reconstruir a vida em outra cidade. Apesar de seu corpo estar curado, ela tornou-se uma pessoa bastante diferente. Obsessivo-compulsiva, vive com medo e insegura. Seu novo vizinho, Stuart Richardson, a incentiva a enfrentar seus temores. Com sua ajuda, Cathy começar a acreditar que ainda exista a chance de uma vida normal. Até que um telefonema inesperado muda tudo. Ousado e poderoso, convincente ao extremo em seu retrato da obsessão, No escuro é um thriller arrebatador.



Mais do que violência física, um livro sobre violência psicológica.
O livro intercala presente e passado de Catherine (Cath). Uma mulher que sofre com as lembranças do ex-namorado violento. No passado, Catherine, linda, feliz, animada e festeira, conhece Lee, o homem que ela considera perfeito. Os dois começam a namorar, mas aos poucos, Lee demonstra quem é realmente. No presente, Cath sofre de TOC, passando horas e horas verificando portas e janelas, além da luta diária para esquecer tudo que passou nas mãos de Lee, com a ajuda de Stuart, seu vizinho que fará o possível para lhe ajudar. Tudo é revelado aos poucos no livro, vamos sentindo o medo pelo que aconteceu e sofrendo ao perceber como aquilo refletiu na vida de Cath.
Olhei para o bilhete por um momento, já sabendo o que significava, e então o abri, bem devagar. Somente cinco palavras — que poderiam ter sido escritas por qualquer pessoa, mas que ainda assim só poderiam ter vindo dela. AGORA EU ACREDITO EM VOCÊ.
Opinião: Senti medo e tristeza por tudo que aconteceu na vida dela. Doeu pensar em quantas pessoas sofrem com a violência doméstica. A mudança na vida de Cath é notável, de uma mulher cheia de vida á uma mulher fechada, vivendo atormentada pelo passado, pela violência e pelo abandono, já que nem mesmo suas próprias amigas acreditavam no que ela dizia. Lee atormentou Cath de todas as maneiras possíveis, desde a violência física e a humilhação, até entrar no seu apartamento escondido e trocar coisas de lugar. Fiquei chocada com a loucura e maldade dele, principalmente no último capítulo do livro. Gostei muito da estória e super indico. E para todos que sofrem algum tipo de violência, DENUNCIEM, não vivam “no escuro”. 
Sempre achei que mulheres que continuavam levando adiante um relacionamento violento e abusivo só podiam ser umas idiotas. Afinal, em algum momento elas deveriam ter percebido que as coisas tinham saído errado e que, de repente, haviam passado a sentir medo do parceiro — e, sem dúvida, era este o momento de terminar a relação. Deixá-lo sem pensar duas vezes, foi o que sempre pensei. Que motivo elas teriam para continuar? E eu já vira mulheres na televisão ou em revistas dizendo coisas como "Não é tão Simples assim", e eu sempre pensava, claro que é, é simples, sim — apenas vá embora, afaste-se dele. Somando-se a esse momento de percepção, um momento pelo qual eu já passara, notei que se afastar não era uma alternativa simples, afinal de contas.

Por Carolina Azevedo 

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