Resenha da série - Dark: os segredos de Winden

Título:  Dark: os segredos de Winden.
Criação: Baran Bo Odar e Jantje Friese
Elenco: Louis Hofmann, Oliver Masucci, Maja Schone, Jordis Triebel, Mark Waschke, Andreas Pietschmann, Antje Traue, Angela Winkler e etc.

Sinopse


Em 2019, o desaparecimento de um menino gera medo entre os moradores de Winden, uma pequena cidade alemã com uma história estranha e trágica.




Minha Opinião


        A série Dark, original Netflix, já começa com um diferencial. A mesma é composta por 10 episódios e todos tem o áudio em alemão. A estória[1] gira entorno de um suspense de uma cidade pequena, na Alemanha, em Wilden, e tem como plano de fundo viagem no tempo, desaparecimento de crianças e uma usina nuclear que parece ser o pilar de todos esses acontecimentos bizarros.
        Um traço peculiar é que os investigadores, do passado e do presente, não conseguem encontrar qualquer característica em comum entre os desaparecimentos dessas crianças ou uma prova coesa que os levem a uma resolução lógica. O local calmo e pacato começa viver momentos aterrorizantes, pessoas são alteradas pelos eventos e segredos são revelados.
        A floresta também é um enigma durante a série, pois muitas coisas remetem a esse espaço "sinistro" e trágico. O cenário é sombrio e a série é composta por um número considerável de personagens, assim como de núcleos familiares, que no final, todos estão interligados de alguma maneira. Também há um paradoxo desses interpretes entre passado, presente e futuro. Toda a conexão é válida, e, em determinados momentos é necessário uma atenção dobrada para não perder nenhuma "pista" que o leve a compreender o desenvolvimento da trama.
        A incongruência da série é você tentar compreender a cenas que remetem a estória, para certas coisas deixe a coerência de lado e veja por um panorama cientifico onde tudo é possível, ou seja, há uma ligação entre passado, presente e futuro. E, uma ressalva é que o passado pode influenciar o futuro, assim como o futuro pode agir sobre o passado. Complexo? É isso que a série faz, deixa o telespectador, literalmente, de cabeça para baixo, mas ao mesmo tempo ela o leva a refletir sobre a ciência, a religião, sobre relacionamentos, segredos, mentiras, verdades, ética, moral, enfim, toda essa "confusão" o leva a um discernimento e a um pensamento se somos apenas peças de xadrez nas mãos de grandes jogadores.
        Cabe ressaltar que essa produção foi comparada a Stranger Things. Embora, tenha assistido as duas, em minha opinião, ambas só têm similaridade do cenário sombrio, do suspense, por ser uma ficção científica, e a estória que narra um fato sobre uma realidade análoga. E, claro, ambas têm início com um desaparecimento, mas todas as semelhanças acabam por aí.   Acredito que Dark surpreendeu por sua proposta inovadora, mesmo que em alguns momentos o roteiro deixe a desejar pelo grau de complexidade e dificuldades de clareza e entendimento. Contudo, independente disso, todos os conflitos foram intrigantes, cativando a atenção.





[1] Optou-se por essa grafia nesse texto

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